sábado, 28 de julho de 2007

Diante do Trono no Rio de Janeiro

Ana Paula e Priscila Cruzué

autor: João Cruzué
Aprendi a gostar da Banda Diante do Trono por influência da minha filha Priscila, nos tempos de sua adolescência. Anos seguidos ela orava e o Senhor provia os recursos para que ela nunca faltasse aos congressos de abril em Belo Horizonte. A Pris sempre gostou muito da Ana.

De longe o DT é a melhor banda cristã que a Igreja Evangélica já viu por essas terras tapuias. Até quando isso vai continuar, sabemos que depende das orações daquele grupo.

A julgar pelos acontecimentos do Rio de Janeiro, por ocasião da gravação do Álbum "Principe da Paz", sou levado a entender que o DT ainda tem muitos anos de bons louvores pela frente, tamanha a luta que enfrentaram para conseguir um espaço público para o evento. Foram decepções uma atrás da outra. A oposição aos planos cristãos tem duas faces: o esforço do adversário e o poder de Deus em resposta às orações dos crentes.

Não sabemos os motivos que levaram o prefeito Cesar Maia a não receber nem conversar com a liderança do DT. Segurança , com certeza não foi, pois o povo evangélico, independente de denominação, sempre realizou grandes eventos sem nenhuma perturbação de ordem pública. Isso é sempre reconhecido pela imprensa. Essa atitude do prefeito deve sofrer uma análise profunda da Igreja Evangélica. Pode ser que ele venha no futuro a procurar os crentes nas suas igrejas. Se sua atitude for julgada preconceituosa, não será com nosso voto que ele vai discriminar outros eventos evangélicos.


Tais contratempos ocorridos no Rio nos leva a entender algumas coisas.

Se fosse um evento gay, com certeza seria realizado em qualquer lugar do Rio. Se fosse um evento em defesa dos direitos dos negros, também seria realizado em qualquer lugar do Rio. Se fosse um evento da Igreja Católica, idem. Essas três forças têm aquilo que os crentes ainda não possuem: organização e peso político para se fazer respeitar.

Por exemplo não se deixando levar na conversa por falsos irmãos que trazem políticos nas Igrejas, os quais na sua vida cotidiana não mostram compromisso com as causas evangélicas. Todo político, seja ele quem for, que discriminar crentes e impedir seus eventos, com desculpas sem fundamentos, não deve receber nenhum voto evangélico. E os pastores que os apoiam, pois talvez deles recebem favores, devem ser reconhecidos como inimigos do evangelho e da Igreja. Quando isso for posto em prática - haverá respeito pelos crentes.

Se ainda não caiu a "ficha" na mente de muitos crentes, então precisam saber de uma vez por todas que grande parte dos políticos e da imprensa brasileira julgam as Igrejas Evangélicas o símbolo do atraso. Para eles, estar ao lado dos crentes é perder pontos perante a sociedade que freqüentam. E o atraso que eles nos imputam é na realidade nossa maior virtude, ou seja, porque brandimos o Evangelho de Cristo contra o aborto, a prostituição, a corrupção, a pornografia, do homosexualismo, a indecência na TV, a desonestidade, a falta de moral e contra a hipocrisia.

Para tornar-nos modernos aos olhos eles, teríamos que pregar um evangelho mais "flexível" - aquele de portas largas. E, isso não podemos. Hitler, que não gostava da Igreja, escreveu no seu livro "minha luta" que Igreja não costumava se dobrar, como os políticos costumam fazer.

Somos muitos, mas estamos sozinhos; cada um olhando para o próprio umbigo. Somos especialistas em pregar a comunhão e praticar o isolamento. Nossa força política elege muitos , a maioria incrédulos, que costumam sorrir em cima de nossos púlpitos e fingir que não nos conhecem depois que são eleitos. Um parte disso deve ser creditada aos "Prêmios de Balaão", aquelas ofertas" de tijolos, cerâmicas, terrenos, carros de assistência social, cargos em comissão... recebidos falta de carater de alguns "pastores" defensores do "é dando que se recebe".

Se quisermos continuar como caudas dessa nação então vamos continar nos comportando do mesmo jeito: Isolados, alienados e insensíveis aos problemas que acontecem aos outros evangélicos. Se negros e gays podem revidar ao preconceito com uma forte organização - porventura o Espírito que há nos Evangélicos tem complexo de inferioridade?

Não acredito nos políticos. Dou mais valor a uma oração constante que na atuação deles. A igreja não precisa de políticos para ganhar almas. Por outro lado, eu creio na política, na arte de saber ser respeitado, poder ajudar a decidir. Qualquer dúvida é só ler o livro de Ester e a reação de Mardoqueu. Por causa disso, também chego a conclusão que é melhor ter um prefeito crente no Rio - ou em qualquer cidade - do que alguém que nos despreza.

Qualquer dúvida, leia a biografia de Martin Luther King, que traduzimos direto do site da Fundação Nobel da Suécia. Nós somos responsáveis pelo nosso próprio futuro. Tanto em oração como em ações responsáveis.

Queremos apresentar nossa solidariedade a irmã Ana Paula Valadão, aos músicos, ao Pastor Márcio Valadão, toda a Igreja Batista da Lagoinha e aos fãs do louvor da Banda Diante do Trono, pois não achamos justo o tratamento recebido pelas autoridades políticas do Rio de Janeiro.

autor: João Cruzué


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