sábado, 14 de abril de 2007

Filho pródigo


Quanto mais leio a parábola do Filho Pródigo, mais acredito que haja milhares deles espalhados, hoje, pelas igrejas. Não me refiro aos que estou voltando ao lar, mas aos outros - os que estão com as malas arrumadas, prontos para partir.

Por egoísmo e frieza na fé.

Quando apenas posso ver defeitos e chatice dentro da casa do Senhor, é sinal de que as malas estão prontas para uma viagem infeliz. Fico pensando no caminho inverso que Cristo trilhou descendo do céu para habitar junto a homens e mulheres egoístas. Ele não teve nem um berço para nascer.

De onde vem todo este egoísmo, esta falta de compromisso com a família, de compromisso com o Senhor e com sua Igreja? A resposta pode estar em "E por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará". Se ficarmos muito atentos ao pecado dos outros corremos o risco de hipermetropria, que é enxergar bem ao longe e não conseguir ver os nossos pecados, que estão perto.

O egoísmo é ausência de amor.

A semente do amor é divina. Dela brotam a solidariedade, a paciência, o arrependimento, a esperança, o compromisso com família: com o pai, a mãe, os irmãos; na Igreja o esforço para servir melhor, se engajar em alguma atividade cristã. Por fim um compromisso de ser fiel à vontade do Senhor.

O egoísmo, alguém disse, é um pântano de onde brota toda espécie de pecado. Começa com pequenas coisas: um prato sujo na pia, que não pretendo lavar, um tênis fedorento jogado pelo quarto, junto com meias sujas, u'a mãe doente com um tanque cheio de roupas para lavar enquanto filhos e filhas estão assistindo tv. Insensibilidade, omissão, insatisfação e o desvio.

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência;


Com amor,





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